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Uma viagem à Islândia – Setembro de 2016

Antes da Partida   A viagem à Islândia era um sonho que tinha há já alguns anos. Pensei para 2014, esteve quase certo em 2015 mas foi 2016 o ano da sua realização.   Tendo em conta que é um destino muito diferente de tudo aquilo que estamos habituados existe um trabalho de preparação

Antes da Partida
 
A viagem à Islândia era um sonho que tinha há já alguns anos. Pensei para 2014, esteve quase certo em 2015 mas foi 2016 o ano da sua realização.
 
Tendo em conta que é um destino muito diferente de tudo aquilo que estamos habituados existe um trabalho de preparação muito importante. Decisões que podem ser simples como decidir se vamos começar a viagem no sentido dos ponteiros do relógio ou noutro sentido acabam por revestir grande importância. Perceber que existem imensos sítios que são intransitáveis e outros que apenas se consegue ir com um jipe são determinantes para se conseguir fazer um bom roteiro. Um rigoroso trabalho relativamente às distâncias entre as dormidas é imprescindível sob pena de tudo se tornar impraticável. E, depois, claro, é preciso ser cuidadoso com o orçamento porque o custo de vida na Islândia permite que muito facilmente se resvale para o “vermelho”.
 
Na preparação para a viagem li todos os roteiros de viagens que encontrei, comprei um dos guias turísticos mais completos que arranjei (Lonely Planet) falei com locais, falei com portugueses que lá trabalharam e falei com amigos que tinham já viajado por lado. Claro que muitas das informações e feedbacks eram contraditórios e com toda a informação tive de fazer as minhas próprias escolhas e definir um roteiro que permitisse atingir três objetivos: Dar a volta à ilha, visitar os locais mais importantes e, por fim, conseguir perceber como funciona de facto a vida na Islândia.
 
Acreditem que mesmo com tudo tão planeado existem sempre coisas (muitas!) que não correm como esperamos. Sem um plano pré-definido rapidamente se tornaria tudo caótico.

 

O mais importante

 

1. A Islândia e os Islandeses

 

O que dizer da Islândia? Por onde começar? Bom, é o país mais pacífico do mundo, um dos mais felizes. Uma ilha gigante cujo topo está além da linha do polar ártico. No verão, o conhecido sol da meia noite, onde o país é invadido por uma “energia brutal” como me contou uma trabalhadora portuguesa na Islândia que me serviu a melhor sopa de marisco de sempre. Está sempre de dia. No Inverno, pelo contrário, chegam a ser umas curtas três horas de sol, mas nem por isso a Islândia mergulha na escuridão. É no Inverno que pode ser avistado o maravilhoso espetáculo da Aurora Boreal. Com cerca de 300 mil habitantes (2/3 estão concentrados na capital) o resto do território tem uma baixíssima densidade populacional. A segunda maior cidade tem mais ou menos os mesmos habitantes que Moscavide. Posso dizer que é o que mais se assemelha a estarmos noutro planeta. Paisagens lunares muitas vezes. São várias horas a conduzir sem se ver praticamente nenhum carro. Imensos momentos em que estamos nós e a natureza e nada mais. De silêncios fantásticos. De auto conhecimento.

 

Os islandeses são pessoas muito simpáticas, bem dispostas e que criam uma boa onda. Não são nada frios, pelo contrário são bastante amistosos. Boa parte deles acreditam em trolls! E quando lá estive estavam encantados com a participação da Islândia no Europeu!

 

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2. Quando ir

 

A Islândia pode ser visitada em qualquer altura do ano. De todo o modo eu diria que no Inverno, pelo facto de estarem muitas estradas fechadas se torna muito difícil se o objetivo for dar a volta à Ilha. Para além de que se torna ainda mais cansativo viajar tantas horas de noite. Claro que a magia da neve e a hipótese de avistar as auroras são um bom atrativo.

A época alta é a partir da segunda quinzena de Junho e vai até ao final de Agosto. Os dias são grandes, o tempo está fantástico. Mas também tem os seus inconvenientes: A Islândia recebe imensos turistas nessa altura e acredito que a experiência possa sair um pouco prejudicada por isso. Além do mais fica muito mais difícil arranjar hospedagem e os preços inflacionam imenso (hotéis, aluguer do carro, etc.). Acresce que com 24 horas de luz o cansaço também é bastante maior.

 

Uma terceira via é ir logo no início de Junho ou na primeira quinzena de Setembro. Eu optei por Setembro. Dessa forma consegui por um lado reduzir o orçamento e, por outro lado, ter uma experiência mais “solitária” sem tantos turistas por perto. Nessa altura os dias são muito parecidos ao verão português em termos de horas de sol (nascer do sol as seis ou sete da manhã, pôr-do-sol às oito da noite). A temperatura é relativamente amena (10 a 12 graus). As estradas estavam todas abertas e ainda surgiu a possibilidade de vermos uma aurora boreal (acabou por não aparecer, mas apareceu uma semana depois de chegarmos a Lisboa).

 

3. A Pegada Turística

 

Nos principais pontos existem alguns turistas mesmo em Setembro. Quem optar por fazer a volta pequena (o chamado “Golden Circle” – foto abaixo) vai avistar imensos turistas. A maior parte das pessoas foca-se nesse círculo no oeste da ilha onde estão muitas das atrações principais. No entanto, na volta grande (Ring Road – foto abaixo) existem muito menos turistas e a experiência é melhor. Acredito que nos próximos anos se assista a um “boom” no turismo para a Islândia por isso…despachem-se!

 

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4. O Mapa

 

Fizémos 3.000 km! Existem sempre pequenos trajetos, uma vila pitoresca a mais, uma cascata que está ligeiramente afastada. A opção de retirarmos os fiordes no oeste prendia-se com o facto de os mesmos não acrescentarem nada de muito diferente relativamente a outros fiordes que vimos na Ilha e, essencialmente, por se precisar de dois dias extra para os visitar. Fizemos algumas incursões aos interior da Ilha mas na sua maioria a ilha é intransitável no seu “meio” a não ser que se tenha um bom jipe. Existe porém um percurso que leva 5 dias, é feito a pé, absolutamente incrível e que é mesmo na montanha. Juntem esses 5 dias com mais 2 dias para os fiordes, um regresso à blue lagoon e ao Glaciar e já estão a imaginar: Que venha a 2.ª edição da Islândia!

 

5. O Clima

 

Ao contrário do que se possa pensar o clima na Islândia é bastante ameno. Não esperem 30.º do verão, mas facilmente se chega aos 20.º. Em Setembro conseguimos apanhar 14 e 15.º. Numa noite estiveram 5º graus. No dia em que escrevo isto (1/1/2017) passei pela meteorologia do Iphone e enquanto estão -2 em Bruxelas ou -3 em Budapeste estão 3.º na capital islandesa. Com um nascer do sol as 11:17 e o pôr-do-sol às 15:44. Not bad! Quanto à chuva isso é outra conversa. O clima está sempre a mudar. Pode estar um sol radioso e começar a chover cinco minutos depois. Existem momentos onde conseguimos ver brechas de sol muito significativas num céu cinzento. Como calculam ver arco-iris por lá é o pão nosso de cada dia.

 

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6. O Meio de Transporte

 

Demos boleia a umas jovens alemãs que estavam a fazer à volta à ilha durante um mês. Sempre à boleia. É possível e existe mesmo muita gente que dá à volta à ilha socorrendo-se de boleias de pessoas. Essas jovens falavam-nos que demoravam cerca de 10 a 15 minutos a arranjar boleia e que o pior tinha sido 1h30. Carregavam uma tenda e dormiam sempre dessa forma. O orçamento reduziu imenso. Basta ser criativo.

 

Tirando isso, a menos que a ideia seja apenas visitar a capital e o que está à volta (e mesmo assim acho duvidoso que compense) tem de ser carro. Existem muitas pessoas que alugam uma espécie de mini caravanas. No fundo, imagem uma Renault Kangoo mas em vez de ter a caixa sem nada está preparada com camas, alguns utensílios etc. E dormem na estrada. Vantagens de ser o país mais pacífico do mundo…

 

Uma dessas “caravanas” pode custar, para 10 dias, na altura em que fui, cerca de 1.200 ou 1.300€. Mas fica mais barato que carro mais hotéis. Um Jipe pode custar cerca de 1.000 euros. Há quem recomende. Eu não senti falta, tirando um dia que me teria colocado numa estrada de terra batida muito esburacada se tivesse um Jipe e, por não ter, tive de dar uma volta maior e perder a experiência de um ainda maior isolamento. Não acho que seja por aí.

 

Alugámos um carro de nível 2, quer dizer, não são os mais baratos de todos (Micras, etc.) são os a seguir (Polo, Fiesta, Yaris). Calhou-nos um Toyota Yaris que se portou lindamente. Pagámos com todos os seguros possíveis (é mesmo muito fácil danificar um carro na Islândia – desde a gravilha a tempestades de areia, a sítios ventosos onde as portas se dobram) cerca de 500€ por todos os dias. Mas vi em que em Julho chegaria a perto de 1.000€. A gasolina será ligeiramente superior a Portugal mas nada de especial.

 

7. As dormidas

 

Nós optámos por dormir sempre em Hostel/Hotel/Guesthouse e nunca em tendas. Sempre com um critério apertado relativamente ao preço. Em Reiquiavique ficámos cinco noites (duas no início, três no fim) em duas guesthouses relativamente baratas. É muito complicado na Islândia conseguir menos de 100€ por noite, mas na capital foi possível. Ficámos na nossa primeira paragem fora da capital num bungalow incrível com um jacuzzi fantástico, tivemos a nossa melhor noite no The Garage antes de retomarmos à capital. Também tivemos experiências menos boas. Digo-vos tudo no relato do dia-a-dia.

 

8. O Custo de vida e o orçamento

 

Quanto ao custo de vida não é barato. Nada. Mas não é o escândalo que estava à espera. Existem algumas boas alternativas. No nosso caso apostámos em comprar muitas coisas em supermercados – os custos são idênticos aos de Portugal (o salmão até pode ser mais barato e a carne de porco é seguramente mais cara) e a partir daí garantirmos pequenos-almoços e lanches. Jantares muitas vezes eram também de supermercado (muitos noodles comprados no supermercado) o almoço normalmente era fora. E os “barretes” foram quando fomos a fast-food em vez de irmos a coisas locais. 25€ por duas doses mínimas no KFC ou 30€ por uma pizza terrível no DOMINO’S. Por 25€ comemos as sopas de marisco com bebidas e o famoso pão com a manteiga deles. Uma alternativa boa são os famosos cachorros quentes. Deliciosos e baratos. Sempre disponíveis nas bombas de Gasolina. Fiquei fã. Uma cerveja (grande, 0,50) custa 5 ou 6€ mas em bares. A maioria das atrações claro que são gratuitas – são a natureza. Mas entrar na Blue Lagoon – para duas pessoas – vai acima de 100€ e a escalada no glaciar também para duas pessoas superou os 300€ – cortesia da Mariana.

 

De todo o modo tenho a teoria de que gastamos mais ou menos sempre o mesmo em viagens. Tudo depende do nosso budget. Em Istambul, uma cidade bastante mais em conta, acabei por jantar várias vezes no MIDPOINT um restaurante incrível e gastar de bom grado 40€ ou 50€ nessa refeição. Perdi-me no Grande Bazaar e comprei souvenirs como senão houvesse amanhã todos devidamente regateados. Fiquei num 4* centralíssimo. Na Islândia como disse, muitos jantares foram noodles comprados em supermercados preparados com água aquecida na chaleira disponíveis nos hotéis. Gastámos sensivelmente o dobro do que em Istambul mas ficámos mais do dobro das noites, pelo que por dia, até ficou mais barato!

 

Quanto ao preço das viagens optámos por ter voos sem grandes escalas e em que fosse possível chegar lá o mais cedo possível no dia de chegada e mais tarde no dia da partida. Também não nos aventurámos em Low Cost – a verdade é que com as mochilas que levámos também seria impossível. Para lá fomos na TAP com escala em Paris e depois na ICELANDAIR (nada a dizer!). Para cá foi na Lufhansa com uma escala de menos de uma hora em Frankfurt. Cada bilhete roçou os 600€ e não é muito fácil arranjarem abaixo disso. E foram com antecedência. Claro que fazendo umas ligações malucas, várias escalas podem conseguir abaixo.

 

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9. Algumas dicas importantes

 

a. Embora a cobertura de postos de combustível seja relativamente grande – muito maior do que esperava – é possível que façam 100 ou 200km sem ver vivalma. Se se enganarem isso pode aumentar, pelo que, recomendo, que nunca deixem o depósito ficar abaixo de meio. Nos principais polos – ou seja, onde dormem – existe sempre uma bomba de gasolina. É atestar. Podem ainda comprar um pequeno tanque de gasolina just in case. No final da viagem devolvem o tanque e eles devolvem o dinheiro.

b. Se vão num carro ligeiro nunca mas nunca tentem um F-Road. E mesmo que não seja F-Road se for uma estrada em muito mau estado eu não arriscava. É muito fácil furarem um pneu. E não existe propriamente uma célere assistência em viagem…

 

c. A água da Islândia é a mais pura do mundo. Podem beber de quase todos os sítios. Bebi diretamente do Glaciar e é qualquer coisa do outro mundo. É fantástica.

 

d. Não deixem de ir às piscinas de água quente na capital. São baratíssimas – mesmo pensando num critério português – e é onde se encontram os islandeses ao final do dia de trabalho (ou seja lá para as 17h ou 18h). Têm vários tanques com água desde 38º até 44.º. Mais banho turco. Mais um tanque de recuperação com água gelada. Mais piscinas normais. Aconselho muito. Falar-vos-ei disso no roteiro. E claro vão à Blue Lagoon e também à “Blue Lagoon do Norte” em Myvatn. Diria que a água é menos quente que na Blue Lagoon e com um azul menos espetacular. Mas é mais em bruto o que torna a experiência tão ou mais espetacular. E com um pôr-do-sol…

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Dia 12 de Setembro – Dia 1 – Lisboa – Paris, Paris – Keflavik (Aeroporto). Keflavik – Reiquiavique.

 

 

O dia começou cedo com a alvorada marcada para as 5.00. Devíamos estar duas horas depois no aeroporto de Lisboa afim de, posteriormente, pelas 8.15 apanharmos o voo até Paris – aeroporto de Orly fraquinho… – para após uma curta escala trocarmos a TAP pela Icelandair onde aterraríamos depois de almoço em Keflavik onde fica o aeroporto principal da Islândia a cerca de 45km da Capital.

 

Após o transfer do aeroporto até à zona onde iríamos buscar o nosso Yaris, e passando antes de chegarmos ao Hotel, no Bónus – um supermercado conhecido da Islândia onde os preços mais coisa menos coisa rondam os de Portugal – fizemos os 45km que nos levavam à capital da Islândia onde ficámos muito bem hospedados no económico Igdlo Guesthouse, cujo quarto era espaçoso e com as comodidades básicas. Ora de fazer o jantar na cozinha comunitária do Hostel e aterrar na cama. É que o dia seguinte iria começar novamente muito cedo…

 

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Dia 13 de Setembro – Dia 2 – Reiquiavique – Reiquiavique.

Às 8.00 deveríamos estar a entrar na Blue Lagoon, talvez a principal atração do pais. Uma lagoa num tom incrível azul, muito quente – águas vulcânicas – e que proporcionou a experiência de ao mesmo tempo que eramos brindados com uma chuva gélida e temperaturas abaixo dos 10 graus, estarmos de molho nas mais quentes águas de sempre. A Blue Lagoon ficava a cerca de 30 minutos do Hotel, mais próxima da zona de Keflavik, portanto, ligeiramente a sul da capital islandesa.

 

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Por volta das 11:00 fomos explorar o parque natural de Phingvellir atração fundamental do país. Pelo meio um almoço péssimo no KFC e por cerca de 30 euros! A não repetir.

 

Foi nesse dia que vimos os primeiros Geysir e a famosíssima Gulfoss Waterfall

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Este “círculo” – Reiquiavique – Blue Lagoon – Phingvellir – Gulfoss Waterfall é chamado o círculo dourado e alguns turistas que vêm por pouco tempo limitam-se a ver a capital e estas “atrações”. É curto. Muito curto para o que é a Islândia.

 

Já bem tarde regressámos ao mesmo hotel da noite anterior.

 

Dia 14 de Setembro – Dia 3 (Rumo ao Norte) – Reiquiavique – Styskholmur

 

Deixámos a capital para rumar ao norte da ilha tendo em mente fazer a volta no sentido dos ponteiros do relógio. No caminho parámos na pequena cidade de Borgarnes, sem grande interesse. Depois chegámos a uma cidade industrial (Olafsvik) até que por volta das 18horas chegaríamos ao destino onde dormiríamos – Styskholmur, tendo pernoitado no hotel Holmur Inn – uma casa toda caitta.

 

Vimos a pequena cidade que tinha além de umas restaurantes bem na moda, um enorme hospital, e uma rede de wi-fi que se espalhava por toda a cidade. Pela frente um penhasco enorme que protegia a pequena cidade das condições atmosféricas garantindo sempre um clima relativamente ameno naquela pequena e muito organizada cidade. Pouco mais de 1000 habitantes espalhados por cerca de 10km.

 

Estas cidades onde fomos ficando eram simpáticas mas eram apenas pontos de paragem e recuperação. A piada da Islândia é mesmo a viagem em si, o caminho. As duas horas sem se ver um carro, a desconhecida cascata em cada curva.

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Dia 15 de Setembro – Dia 4 (Styskholmur – Olaefjorour)

Mais um trajeto para a “direita”, não muitos quilómetros, mas muitos túneis, inclusivamente um que vai debaixo de água. Esta pequena cidade é absolutamente mágica. Ficámos muito bem hospedados num bungalow com um jacuzzi fantástico. É uma pequena vila mágica em que o pano de fundo é a montanha.

 

Neste dia fomos alertados para a hipótese (remota) de vermos a Aurora Boreal (possibilidade de 3 num máximo de 10) que não se verificou!

 

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Dia 16 de Setembro – Dia 5 (Olaefjorour – Akureyri – Myvatn)

 

Até aos vulcões!

 

Primeiro passagem na segunda maior cidade (tem aeroporto) – Akureyri onde comemos um belo fish and chips. Nota: Ser a segunda maior cidade não significa que ande perto dos 20.000 habitantes sequer….cerca de 17.000. Mas muito maior do que todas as outras cidades onde ficámos. Gostámos bastante. Diríamos que era uma cidade mais “islandesa” que a própria capital. (foto)

Fomos depois a Myvatn a zona geo-termal, onde não podem mesmo deixar de ir. Os Krafla Fields a Cratera Viti, momentos de silêncios inacreditáveis no meio dos vulcões onde estás sozinho com a natureza e, finalmente, um poderoso por-do-sol nos myvatn nature baths – a chamada blue lagoon do norte (a água é menos azul e mais frescota mas a paisagem é brutal!).

 

Um dia muito completo mesmo e imperdível. Muitos turistas por não darem a volta a ilha perdem este pedaço da ilha que é quanto a mim imprescindível. Ficámos no Hotel Reynild. Mais hotel que os outros, pior que os outros…

 

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Dia 17 de Setembro – Dia 6 (Myvatn – Hofn) 

 

Depois de um dia mais calmo tínhamos neste dia aquele que faríamos mais km, quase 600. A questão é que são 600 em pequenas estradas, em que no máximo se vai a 80km. Puxado. Caminho memorável e arrepiante até ao fiorde BorgarFjordur e uma semi-tempestade na abordagem à cidade de Hofn onde iríamos pernoitar. O caminho foi muito giro, mas este dia era um dia de transição onde abandonaríamos o norte da ilha para virmos até ao sul. Foi o dia em que ficámos pior hospedados, novamente num Hotel, cheio de Moscas! Jokull o seu nome…

 

Dia 18 de Setembro – Dia 7 (O Dia de escalar um glaciar!) – Hofn – Skaftafel – Vik – The Garage

 

Talvez este seja o dia que mais ombreou com o dos vulcões em Myvatn. O dia de escalar um glaciar. 8:30 era o ponto de encontro em Skaftafel que ainda era a uns bons 150 km de onde dormimos. Vimos o nascer do sol enquanto conduzíamos e tivemos vistas inacreditáveis (fotos). Vale muito a pena só o caminho!

 

Quanto à escalada e ao barco não vou escrever nada. Vejam lá isto (fotos).

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Mais 150 km e passámos nas praias de areia negra, em VIK e chegámos ao The Garage o melhor sítio onde ficámos hospedados. Uma casinha no meio do nada mas com tudo do bom e do melhor. Brutal. Já em Lisboa entrevistei os senhores para a página que suporta este site…

 

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Dia 19 de Setembro – Dia 8 – The Garage – Vestmaneajar – Reiquiavik (ou então não…)

 

Neste dia a ideia era passar o dia na ilha de vestmaneajar, mas, como acontece frequentemente (nós é que não sabíamos) não existia barco para nos levar à ilha. Mas na Islândia existem sempre coisas para fazer. Fomos ver mais umas quantas cascatas perto do sítio onde ficámos a dormir, passámos junto ao vulcão que deixou meia europa paralisada quando entrou em erupção, pelo caminho ainda demos boleia a duas alemãs que estavam a fazer a Islândia de mochila às costas e a contar com boleias. Nesse dia fomos fazer um hike incrível a 45 minutos da capital, em que, basicamente, é uma hora a subir que nem um louco até ao cimo de um monte (Hveraqui) que tem, vamos dizer assim, um riacho de água a escaldar. No meio do nada. Chuva torrencial cá fora, água a 40.º lá dentro. Que bom! Já tarde chegámos ao nosso hotel propriedade de um casal em que a senhora era de nacionalidade colombiana e nos passou a ideia de que na Islândia, tudo o que é Saúde ou Educação é “free”.

 

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Dia 20 de Setembro – Dia 9 – Reiquiavique – Reiquiavique

 

Este foi o primeiro dia de exploração na capital e fomos aos pontos mais icónicos: A igreja, a Harpa, o Perlan (para uma vista 360.º sobre a cidade), e, claro, ao shopping center. O centro é giro, com várias lojas da moda, e uma Dunkin Donuts que safou um lanche bem agradável. O melhor estava para vir: Os islandês no final do trabalho (5 da tarde, 6 da tarde) em vez de se meterem em bares vão para umas piscinas de água muuuuuito quente. Aliás, tem temperatura normal, outra com água gelada, e depois várias, com água com 36, 38, 40, 42 e 44 graus. Ainda têm banho turco. É ali que convivem, relaxam e bebem um copo. E é baratíssimo, 3 ou 4 euros.

À noite passeámos na marginal e fomos beber um copo.

 

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Dia 21 de Setembro – Dia 10 – Reiquiavique – Reiquiavique

 

Continuámos o roteiro da cidade: Universidade, Antigo Porto, City Hall, GreenHouse e o melhor almoço: Uma sopa de lagosta do caraças! E claro, quem nos serviu era…uma portuguesa! Estamos em todo o lado. Ao nosso lado, uns turistas…portugueses. A sopa era óptima e não se pagou (excessivamente caro). Voltámos ao centro para ver o que mais tínhamos gostado e não deixámos de repetir as piscinas de água quente e a ida a um bar – onde uma imperial pode ir facilmente aos 10 euros…

 

O jantar desse dia foi, uma vez mais, o mítico cachorro das bombas N1. Uma delícia.

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Dia 22 de Setembro – Dia 11 – (A despedida L) – Reiquiavique – Keflavik –  Frankfurt – Lisboa

 

Arrumar tudo com calma, pequeno almoço caseiro, uma volta ou outra e ir entregar o carro, onde, pouco tempo depois, um transfer nos deixou no aeroporto. Agora foi sempre na Lufthansa com escala em Frankfurt – para que os voos fossem mais “curtos” tivemos que dar uma volta um bocado maior. Por volta das 23h aterrámos em Lisboa.

 

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tmgmendonca@gmail.com

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